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Adoçante: o grande mentiroso



Um interessante artigo, de Simone Iwasso, do Estadão, apresenta diversos estudos sugerindo que o consumo de adoçantes artificiais em longo prazo, pode, na verdade, nos fazer engordar, contrariando o resultado que a maioria de nós espera ao utilizar essas substâncias.

Segundo um dos estudos, o adoçante artificial provoca uma dissociação entre o consumo calórico e a ingestão de doces. Em outras palavras, essas substâncias induzem o nosso cérebro a acreditar que estamos consumindo algo bastante doce, mas, quando a compensação calórica proveniente desses alimentos não chega ao nosso organismo, o cérebro acaba estimulando em nós um constante desejo de comer mais. E, quase sempre, caímos nessa armadilha.


Desejos insaciáveis e dependência química

Outro estudo avaliou 5 mil indivíduos durante um período de 8 anos, apontando que os participantes que consumiam mais produtos contendo adoçantes artificiais ganharam mais peso do que aqueles que utilizavam essas substâncias com menos frequência ou que adoçavam seus alimentos com açúcar.

Simone, inclusive, menciona uma pesquisa realizada com ratinhos de laboratório, durante a qual os pesquisadores observaram nos animais que consumiram adoçantes artificiais uma dependência química mais forte do que a provocada pelo uso de cocaína.

Contudo, apesar de todos esses estudos, os adoçantes artificiais não devem ser vistos como substâncias malignas e prejudiciais. Quem sofre com problemas de saúde que requerem a adoção de uma dieta de restrição de açúcar, por exemplo, pode se beneficiar enormemente da variedade de produtos disponíveis atualmente no mercado. O importante é saber que, como na maioria dos casos, o exagero nunca é bom, e deve-se, sempre, agir com bom senso.


Fontes: Estadão, JAMA, Universidade do Texas, PubMed, Harvard Medical School

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